quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

A Sagrada Familia


O conjunto das imagens de S. José, Nossa Senhora e Menino Jesus está dentro de oratório portátil, uma espécie de caixa-mala. A caixa tem uma pega no topo para um mais fácil transporte, duas portas que, abrindo-se mostram a Sagrada Família e fechando-se a protege. A Sagrada Família anda em constante viagem pelas ruas da Gestosa, visitando cada família. Cada pessoa recebe-a do vizinho que a tinha recebido antes, fica em casa durante algum tempo e, depois, passa-a ao vizinho seguinte. Ao ser recebida reza-se a oração da chegada. Antes de partir, reza-se a oração da abalada. Enquanto está em casa é alumiada com uma lâmpada de azeite - uma taça de azeite com a flor (eucarística) acesa - e é companhia e receptáculo das orações de cada um.


Há tradições que acabam 
Mas outras que se mantém
Esta estava no outro dia
Na casa da minha Mãe

Tem uma velha sacola
Onde põe a esmola muita gente
Cada um dá o que pode
O Santo não é exigente



Carmicita e seu partner


Boa tarde meus senhores 
Vamos-nos apresentar
Viemos da Castanheira
Para vir aqui cantar

Vamos começar então
Esta nossa brincadeira
queremos dar animação
A esta gente hospitaleira

Não somos profissionais
Mas apenas amadores
Se alguma coisa falhar
Desculpem lá meus Senhores

Toda a nossa desgarrada
Pois só da memória sai
Está-me no sangue entranhada
Foi herança do meu Pai

Para cá fomos convidados
Não nos chamem de pateta
somos dois iniciados
temos veia de poeta

A minha mulher então
Nunca pode estar parada
Só lhe pede o coração
Pra cantar á desgarrada

Obrigados pelo carinho
Esperamos que tenham gostado
Um abraço e um beijinho
A todos muito obrigado



terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Professor nos tempos de hoje



De manhã entra na sala
Com vontade de ensinar
Mas com tanta conversa fiada
Ninguém consegue escutar.

Tenta impor regras então
os alunos não querem saber
Em casa não lhes dão educação
Os professores tem muito que sofrer

Puxam pelo telemóvel a qualquer hora
Sem medo, infelizmente é verdade
Não vêem a hora de ir embora
Que futuro será desta mocidade?

E coitados dos professores
Vão chorando a sua sorte
Tão depressa estão no sul
Como podem mandá-los para o norte



Nossa terra Castanheira


Nossa terra Castanheira
Viemos pra te saudar
E vem à nossa maneira
Vamos contigo brincar

Mas que lindas avenidas
E estão iluminadas
Mas são tão compridas
Mais parecem auto-estradas

Ficamos também admirados
Com o novo centro hospitalar
Dizem para aí os revoltados
Que deu muito que falar

Os utentes chegam ao secretariado
Marcar a consulta, mas tem que pensar bem!
Se terão que ir ao médico a outro lado
Porque aqui.. só se for para o Ano que vem

Mas oh linda Castanheira
Perdoa nossas fofocas
Estás banhada à maneira
Pela linda Praia das Rocas

Teu novo trajo a rigor
Tens bordados de Pinhal
Para o traje dos neveiros
Riqueza do nosso Coentral

E o St António da Neve
É o meu querido Santinho
Sem esquecer o poço Corga
Tão belo e tão fresquinho

Ir de Castanheira a Góis
Vai ser verdade afinal
Mas levará tanto tempo
Como a estrada do Espinhal

Esta terra hospitaleira
Com seu jeito original
Mas vê lá se dá um jeito
De arranjar emprego para o pessoal

Oh meu rico São Domingos
Dá trabalho cá prá malta
Na fábrica ou no turismo
Que coragem não nos falta

Apesar de seres terra linda 
Com tantos beleza encantada
Se não deres trabalho aos jovens
Vais ficar desertificada
Minha querida terra amada!