segunda-feira, 13 de maio de 2013

A Luz Que Me Ilumina

Quando eu andava na escola ainda não havia lá em casa energia eléctrica, portanto a nossa iluminação era assegurada por um simples candeeiro a petróleo. Era com esta luz tão fraca que se jantava e se faziam os trabalhos da escola.

Mas o que eu queria mesmo partilhar, era como começou a minha paixão pela leitura e principalmente pela poesia. Na escola primária havia uma biblioteca, que se resumia a um armário envidraçado, com as portas fechadas mas que tinha livros infantis com com títulos apelativos. Fascinada eu olhava para dentro dos vidros desejando tê-los todos na minha mão, até que ganhei coragem e pedi à professora. Para meu espanto ela aceitou abrir as portas de vidro e emprestar-me o livro dos meus encantos. Era um livro grande de poesia. Li e reli encantada, e outros se seguiram que eu devorava ao serão à luz do tal dito candeeiro, chegava a adormecer com os livros na mão e os pés dormentes de frio.

Felizmente em 1969 com o andamento do progresso chegou a vez da minha aldeia usufruir da energia eléctrica  e a escuridão da noite, as lamparinas e candeeiros, o cheiro a petróleo ficará para sempre no passado e nas memórias da infância!

Devemos este milagre 
ao mais fértil inventor 
Thomas Edison, Génio da lampada
Bem haja este grande Senhor



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