sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A broa de milho

Nada melhor para iniciar o ano que falar num alimento tão importante como o pão. O pão um nome que todos nós pronunciamos diariamente, e uma das primeiras palavras que aprendemos a dizer.
Reavivando as memórias de criança recordo que a minha mãe cozia a broa todas as semanas, o processo iniciava-se na véspera, com a moagem de 1 saco de milho que eu levava à cabeça ao moinho, onde era transformado em farinha,o moleiro tirava a “maquia” era assim que se chamava , eu trazia o saco para casa.
À mistura de farinha e água quente era acrescentado o fermento, chamado de crescente, que era um pouco de massa guardada da anterior amassadura. Este fermento era indispensável à levedura da massa. Depois de preparada a massa , esta era aconchegada num dos cantos da masseira, depois era feita a tradicional
benção. A minha avó rezava assim: Em nome do pai e do filho e do Espírito Santo, São Vicente te acrescente, S. Mamede te levede, e São João te faça pão. 
Eu tento manter a tradiçaõ e cozo a broa muitas vezes, principalmente quando se reúne a família cá em casa, todos gostam muito da minha broa, faço igualzinha à da minha mae já naõ preciso de ir ao moinho porque o padeiro traz-me a farinha já peneirada o que é muito mais prático, com respeito à bênção, é óbvio que não perco tempo com essas crendices, e a broa mesmo sem rezas nem cruzes fica sempre muito boa e com o sabor de antigamente.
Aqui está a prova da verdade, bom apetite.

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