Ainda hoje não consegui perceber
Que chorei na barriga da minha mãe
Certamente que não queria nascer
Será que como eu há mais alguém?
A minha mãe sempre contava
Quando a nossa família se reunia
Que teve seis filhos, coitada
E só eu chorei como por magia
E quando nasci, de chorar não parava
Não era por ter nascido
Se calhar já adivinhava
Que o mundo andava perdido!
Por isso os versos que eu escrevo
Saem-me da palma da mão
A tinta sai-me dos olhos
E a pena do coração!
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