quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Didia

Ontem á noite á tua porta
Mais triste o vento passou -
Olha: levava um suspiro...
Bem sabes quem to mandou...
A rosa que se não colhe
Nem por isso tem mais vida.
Ninguém há que te não olhe
Que te não queira por amiga
Tenho um livrinho onde escrevo
Quando me esqueço de ti.
É um livro de capa negra
Onde inda nada escrevi
Há coisas lindas na horta
Quando a amiga lá vai ter
Ser feliz é o que importa,
Não importa como o ser
Tome lá, menina Didia
O ramalhete que fiz.
Cada flor é pequenina,
sei q vais ficar feliz
Entornarei o teu cabaz
Quando vinha na estrada.
Dei um tombo, zás catrapaz
Ficou a louça quebrada
Ó Didia, querida amiga
Gosto tanto do teu riso
Teu riso ecoa no peito
E nada mais é preciso.
Deixaste o saco na mesa
Só pelo tempo da ausência
e eu voltei a pegá-lo
foi mesmo por inocencia
Dá-me um sorriso a brincar,
Dá-me uma palavra a rir,
Eu me tenho por feliz
Só de te ver e te ouvir.
Sei que foste longe passer
Deixas-ta a casa abandonda
Vem-te embora queestá chuva
Podes ficar contipada

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