terça-feira, 7 de agosto de 2012

Vivi, amei, trabalhei, lutei, sonhei, porém nunca consegui alcançar os meus objectivos



Fiz de mim o que não soube, foi verdade
E o que podia fazer não o fiz
Ninguém me deu uma oportunidade
E o meu destino foi um pouco infeliz

Só sei que este haver entre mim e a vida
Aparece sempre uma sombra que me impede
Se tento falar o que penso minha boca fica ressequida
Engulo a saliva, no sabor da própria sede

Tenho a certeza que nasci com um sonho indeciso
Ensinar o bem e querer salvar o mundo
mas a vida para mim não foi esse Paraíso
Mas um chão do pobre e do vagabundo

Ninguém vê as minha lágrimas, mas choro
Por magicar e pensar que tudo me repele
Se não estou inspirada teimo em escrever
E os versos vão deslizando no papel

Sou poeta ignorada e vim ao mundo sem saber
Que vinha a ser aquilo que hoje sou
Faço coisas malucas, mesmo sem querer
Chego a perder o rumo, sem saber onde vou

vou dar fim a estas rimas, nem sei aquilo que são
faço muitas, e a escrever me confundo 
Sempre os faço de alma e de coração
Quando partir os deixo cá neste mundo

E vivam todos os poetas e escritores
É mesmo assim que me vou despedir
Para os que partiram os meus louvores
E sucesso para os que ainda estão para vir



Eu sou o Collini


O meu dono sempre foi meu amigo
Então eu sempre amigo dele
Sempre brincou comigo
E eu brincava também com ele.

De repente, não sei como, mas ficou meu inimigo
Meteu-me num saco e começou a andar
Pensei que fosse para me dar algum castigo
Mas infelizmente foi para me abandonar

Deixou-me na selva esquecido
Ainda tenho esperanças de ele voltar
Quando vir que estou ferido e perdido
Voltará para me abraçar

Mas esperei, esperei ninguém voltou,
Nunca mais fui procurado
Sozinho, e a sofrer muito estou
Agora sim sei, fui abandonado

Tenho fome, sede, e estou cansado
Dói-me o corpo, sinto-me doente,
Fui escorraçado, pontapeado e apedrejado
Fui maltratado por gente indecente

Mas um dia Deus se lembrou de mim e tudo mudou:

Alguém me acolheu e me tratou,
Apesar de estar manco doente e cego
À pessoa bondosa que me ajudou,
eu lhe agradeço, pois devolveu-me o meu ego.