terça-feira, 31 de dezembro de 2013

azeitona


Depois da azeitona colhida e junta, tem de ser limpa, separada das folhas e pedaços de rama , escolhe-se os pedaço de rama maiores sendo a folha retirada depois na máquina de limpar, uma pequena máquina portátil, custa cerca de 250€, é um investimento útil e necessário, embora também se possa fazer uma limpa manual, colocando a azeitona num monte, com uma pá, manda-se a azeitona para o ar, contra o vento, durante alguma distancia, para cima de uma outra manta cujos bordos tem de ser levantados cerca de 50 cm, podendo-se para o efeito utilizar as respectivas varas , apoiadas em algo, de modo a que a azeitona ao cair não "fuja" para fora da manta. As folhas e outras impurezas, sendo mais leves ficam pelo caminho, ficando a azeitona limpa, pronta a ensacar e transportar para o lagar.



E eu hoje desloquei-me ao lagar para ver se a azeitona que levei durante a semana já estava moída, infelizmente ainda não porque há muita gente na lista de espera.
Muitos lagares antigos encerraram, sobretudo depois da entrada na União Europeia e posteriores exigências higieno-sanitárias comunitárias impostas pela ASAE e em Castanheira havia muitos, actualmente só existe este situado no lugar do Bolo , num lugar altamente sofisticado com as mais altas tecnologias, e como podem ver cá estou eu no dito lagar a aprender a fazer azeite.


Natal no lar

Como andei muito atarefada com a Vindima, Azeitona e outros afazeres nunca mais fui ao lar.
Hoje como estive um pouco mais desafogada resolvi ir até lá, e fiquei muito feliz!

Sinto-me realizada e contente
quando alguém eu vou animar
até me esqueço que estou doente
Consigo muito bem disfarçar

Porque tristezas não pagam dívidas
Então aqui deixo ao meu alerta
Vão visitar os nossos queridos idosos
Que está sempre a porta aberta

Verão que não se arrependem
De algum tempo terem perdido
Esquecem-se-se até da crise
E a vossa vida tem mais sentido

E foi assim que aconteceu hoje no lar de S. José!


Natal

Logo cedo os baldes de lixo abarrotam. Há papel colorido, restos de pais natais rasgados por mãos apressadas, fitas de mil cores, laços desfeitos. Foi Natal!

Em casa, a mesa ainda tem o prato com as azevias que sobraram, o peru está coberto de papel de estanho e o pirex com o bacalhau ainda não foi lavado. Os brinquedos das crianças desarrumam a sala, o triciclo de cores fortes está estacionado mesmo no meio do corredor, e a vontade de fazer durar o Tempo Bom faz-se sentir. Foi Natal! Foi...Mas, acho eu, deseja-se ainda prolongar estes dias de paz, de família, de ilusão de não crise, de fuga ao real.
Em breve, acabou a festa e aí vem de novo as dificuldades do quotidiano, tentar escapar à crise, enfrentar os injustos e violentos aumentos. Então, as fitas serão outras: - Menos coloridas, sem laços, sem vestígios de festa ou de alegria...

É uma infelicidade viver
Num País que nem vale a pena sonhar
em que o próprio ministro sem escrúpulos
Manda os jovens licenciados emigrar!


É de facto de lamentar

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Com a doença aprendi

Aprendi que segurar as lágrimas não te faz mais forte. Deixar com que elas caiam em direcção ao coração, sim. Só quem é forte tem coragem o suficiente para mostrar quem é de verdade.

Aprendi que usar máscaras não te faz mais poderoso. Tirá-las do rosto, sim. Só quem é poderoso tem poder o suficiente para enfeitiçar as pessoas sem falsas expressões.

Aprendi que falar mal do outro não te faz maior. Não falar, sim. Só quem é grande entende que o silêncio pode ser o suficiente.

Aprendi que roupas não te fazem melhor. Olhar além delas, sim. Só quem é bom tem consciência o suficiente de que não se julga um livro pela capa.

Aprendi que dinheiro não te faz feliz. Humildade e simplicidade, sim. Só quem é rico de alma tem sabedoria o suficiente para entender que gargalhada não se compra.

Aprendi que ser orgulhoso não te faz Durão. Admitir, sim. Só quem é Durão tem carácter o suficiente para abaixar a cabeça e corrigir um erro.

Aprendi que ter fé não te faz ser um fraco alienado. A falta da mesma, sim. Só quem tem fé é forte e corajoso o suficiente para não desistir e seguir sempre em frente; poderoso e humilde o suficiente para escutar ironias à respeito de suas decisões; feliz e sincero o suficiente para errar, pedir perdão, corrigir e continuar sorrindo; maior e melhor o suficiente para entender que sem Deus não somos nada e que com Ele podemos tudo.

Aprendi até o impossível.

Retirado do site:




Senhor não me deixes ficar
Sem forças para me erguer do chão
Ajuda-me a caminhar
Sempre em tua direcção

As horas passam lentamente
Não sei que atitude tomar!
Ajuda-me a seguir em frente
E não me deixes parar


terça-feira, 29 de outubro de 2013

Meu Deus ajuda-me

A sofrer, sem magoar, seja quem for.
A progredir, sem perder a simplicidade.
A semear o bem, sem pensar no Amor...
A trabalhar, e a afastar a ociosidade

Senhor ensina-nos a orar, sem esquecer o trabalho.
A dar, a respeitar sem olhar a quem.
A servir, sem perguntar até quando...
a Respeitar e adorar o Pai e a Mae

Ajuda-nos a tratar os outros com humildade
A sofrer, sem magoar, seja quem for.
A progredir, sem perder a simplicidade.
A semear o bem, a dar carinho e amor

Senhor concede-nos trabalho
Para ganhar o pão de cada dia
Ensina-nos a falar, sem ferir sem magoar
A transmitir, paz, carinho e alegria

Aquele que trabalha é ditoso
Se deve sentir realizado
Ma se for homem ocioso
Nunca chega a nenhum lado

Não esqueça que o trabalho mata 3 males, o vício, a pobreza e o tédio!

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Meu querido e amado computador


Tenho que aceitar que estou apaixonada
Por ti do fundo do meu coração
Bem sei que por ti não sou amada
Mas eu só quero que me mates a solidão

Estando eu alegre ou contente
Tu estás sempre ali ao lado
És bem mandado e obediente
mostras sempre bom agrado

Pensei que era amor passageiro
Há 3 anos que tive a sorte de te conhecer
Agora eu sinto que é um amor verdadeiro
Sem ti meu computadorzinho já não sei viver

Quando ficas doente eu ando ansiosa
Fico angustiada que nem sei explicar
Ando agitada, triste e nervosa
Só fico bem quando o médico te vem arranjar

E naquelas noite se insónias malvadas
És sempre tu o meu ombro amigo
Levanto-me da cama e desço as escadas
Ligo-te á ficha e desabafo contigo

Depois de muito falar contigo
De coração, de mente e alma
És o meu melhor antidepressivo
Volto para a cama muito mais calma

Há pessoas contra o computador
Pensam que ele nada faz
Mas ele é um Salvador
Traz ao seu operador
Carinho, muito amor e Paz

Eu já não vivo sem ele
Ele á a minha paixão
Um dia quando eu morrer
Vou levá-lo no caixão

sábado, 27 de julho de 2013

Fotografias e o seu valor

Eu adoro rever fotografias
é uma forma de relembrar
momentos que ficaram eternizados
E que um dia iremos recordar!

Nas fotos que a gente vê
vemos feio e bonito
è a imagem para quem lê
Aquilo que não está escrito

Há quem não ligue e ignore
e olham com indiferença
mas também há quem chore
recordando as de criança

Elas são marcas da vida
De bons de maus momentos
até da moçidade perdida
Que ficou em pensamentos

Tenho muitas fotos interessantes
Não me canso de as olhar
fazem recordar sonhos distantes
A revê-las chego  a chorar


E quando eu deste mundo partir
Podem faltar muitos anos ou até poucos dias
vou calma e tranquila, e tenho que admitir
Que deixo semeada a minha vida nas fotografias


segunda-feira, 13 de maio de 2013

A Luz Que Me Ilumina

Quando eu andava na escola ainda não havia lá em casa energia eléctrica, portanto a nossa iluminação era assegurada por um simples candeeiro a petróleo. Era com esta luz tão fraca que se jantava e se faziam os trabalhos da escola.

Mas o que eu queria mesmo partilhar, era como começou a minha paixão pela leitura e principalmente pela poesia. Na escola primária havia uma biblioteca, que se resumia a um armário envidraçado, com as portas fechadas mas que tinha livros infantis com com títulos apelativos. Fascinada eu olhava para dentro dos vidros desejando tê-los todos na minha mão, até que ganhei coragem e pedi à professora. Para meu espanto ela aceitou abrir as portas de vidro e emprestar-me o livro dos meus encantos. Era um livro grande de poesia. Li e reli encantada, e outros se seguiram que eu devorava ao serão à luz do tal dito candeeiro, chegava a adormecer com os livros na mão e os pés dormentes de frio.

Felizmente em 1969 com o andamento do progresso chegou a vez da minha aldeia usufruir da energia eléctrica  e a escuridão da noite, as lamparinas e candeeiros, o cheiro a petróleo ficará para sempre no passado e nas memórias da infância!

Devemos este milagre 
ao mais fértil inventor 
Thomas Edison, Génio da lampada
Bem haja este grande Senhor



domingo, 7 de abril de 2013

Fui ao lar


Quando possso vou ao lar 
alegra-me o coração 
os velhinhos visitar
aliviar-lhe a solidão

Gosto muito de os ver
muito mais de os fazer sorrir 
Não os posso ver sofrer
Precisam se divertir

Os anos que passaram a penar
Com isto nada tem comparação
Depois de muitos anos a sofrer
Merecem toda a nossa atenção.



Eu não temo a idade ou a velhice
temo sim o sofrimento e a solidão
a miseria de um velho é uma chatice
Muitos são desprezados sem razão




"Outrora, a velhice era uma dignidade; hoje, ela é um peso."
                                                     François chateaubriang

quinta-feira, 7 de março de 2013

Dia da mulher


A idade de uma mulher não quer dizer nada. Afinal, os melhores acordes vêm dos violinos mais antigos…

Eu sou um pouco de tudo
Prisão, liberdade, um vulcão
Sou mulher e senhora
De sentimentos e do coração


Mulher….

Em ti todo o mundo gira
Em ti o mundo passa
Sem ti o mundo expira
Sem ti a vida não tem graça

O homem é a mais elevadas das Criaturas
A mulher é o mais sublime dos ideais
O homem é o cérebro
A mulher é o coração. 
O cérebro fabrica a luz 
O coração, o amor
A luz fecunda, o amor ressuscita.
O homem é forte pela razão
A mulher é invencível pelas lágrimas.
A razão convence
As lágrimas comovem o Homem