terça-feira, 15 de julho de 2014

Aborto sim ou não!

Olá mamã tudo bem? Eu estou bem, graças a DEUS. Faz alguns dias que tu me concebeste em tua barriguinha. Na verdade não sei explicar como estou feliz em saber que irás ser a minha Mãe.
Outra coisa que me enche de orgulho é ver o amor com que fui concebido.
Tudo parece indicar que eu serei a criança mais feliz do mundo! Mãe, já passou um mês desde que fui concebido e já começo a ver o meu corpinho...
Agora que já passaram dois meses e meio estou feliz com as minhas mãos e tenho vontade de usá-las par brincar.
Mas há algo que me deixa intrigado?--Porque choras todas as noites Mãezinha?--Tenho notado que andas muito deprimida, não entendo o que está acontecer, estou muito confuso.
                Hoje fomos ao médico, e ele marcou uma consulta para amanhã. Eu não entendi muito bem, porque estou muito feliz, o que está acontecer. Já é dia, para onde vamos?--Porque choras?--Ainda são só 2 horas da tarde, não tenho sono queria continuar a brincar. Ai, ai , oque essa faca está a fazer na minha casinha?-Porque me estão a cortar, não vês que estou a sofrer mãezinha!-Como é possível um ser humano possa fazer isso comigo?
Agora já lá vai tanto tempo, já passaram 4 anos depois esse acto infeliz, sei que te culpas por teres tomado aquela decisão cruel. Agora não chores, porque ainda te amo muito, e estou aqui no mundo de além, esperando por ti com muita saudade:

-TE amo muito


I
Ninguém pede para nascer
Um filho deve ser planeado
Mais vale a gravidez interromper
Do que vir ao mundo para ser maltratado!


II
Não há nenhuma Mulher que
Se sujeite a esta triste realidade
de recorrer  a este acto  extremo
Sem ter uma enorme necessidade!

III
Devemos respeitar todas as mulheres
Que são a favor do aborto com liberdade
Mais vale fazê-lo com segurança
Do que entrar na clandestinidade


segunda-feira, 14 de julho de 2014

Foi numa manhã fria de Dezembro. 
Saí de casa para ir buscar sardinha e uma saca de farinha, e 1 kg de carne de porco, aí vou eu direita á vila.
Desta vez a minha ansiedade era muito maior, com a minha primeira nota de vinte “paus”, verdinha, quase nova, como o santo António de ar beato.

Era de facto a primeira vez que tinha podido ficar com 2 dia do meu ordenado, sentia-me feliz.
Depois de fazer as compras e com a nota bem dobradinha numa telega de retalhos, encontrei a minha prima a Leontina que logo me desafiou para lhe pagar uma volta no carrocel, eu várias vezes para a nota com ar triste com vontade de a guardar debaixo do colchão.
Mas ela tanto insistiu que eu resolvi destrocar a nota e comprar 2 fixas para darmos umas voltas no carrocel:
Mas que sensação indiscritível, apetecia-me andar mais, mas não queria gastar o dinheiro todo
Mas o pior ainda estava para vir, comprámos pastéis de nata, que bom, que delicia nunca tinha provado
Comprei 6 para levar para os meus manos, ainda sobraram 5 escudos.

Eu queria guardá-los mas ela me jurou por tudo que me pagava na semana seguinte para eu lhos emprestar, eu quase forçada emprestei-lhe os 5 mil réis, que ela foi logo derreter na tasca num maço de tabaco Provisórios que fumou desalmadamente e me obrigou também a fumar, engasguei-me, e chorei.
Era meio-dia e estava despachada a manha, e com ela já tinha ido o maço de tabaco s meus preciosos vinte escudos. Ao chegar a casa não comi nada ao almoço: estava triste e enjoada com o cigarro e apavorada
que a minha mãe me perguntasse pelo dinheiro.
Jamais me esquecerei este dia, ainda hoje me lembro dos 5 escudos que até hoje nunca mais os vi, porque entretanto ela emigrou para França. Quando cá vem ainda relembramos juntas e rimos do que se passou no dia 6 de Janeiro de 1970, em dia de reis, jamais esquecerei, uma história verdadeira que podia ter um desfeche mais feliz.

Adoro cantar o fado


Tenho a mania que canto
Sou doente pelo fado
Vou com ele a qualquer lado
E se não vou faço fita
E quando ouço uma guitarra
Canto o fado com tal garra
Que o povo delira e grita





Ah fadista..grande pantera do fado

Mostra lá como se canta
Grita o povo entusiasmado
E eu puxo pela garganta
Até a voz me doer
Nas costas ponho uma manta
Isto para mim é que é viver

É uma doença que tenho
sem tratamento nem cura
Mesmo que esteja a sofrer
Sei que ninguém me segura
Mas é doença que não mata
E cantada com doçura
Consegue animar a malta

Viverei sempre para o fado
A minha ideia nao muda
Esta´-me na veia do sangue
Esta fadistice aguda
Dizem que herdei do meu pai
Coitado que já lá vai
Mas que lá do céu me ajuda


sábado, 12 de julho de 2014

Espantalho na horta

Pássaros e insetos na horta, como espantar, sem depredar.
Como proteger a horta dos seus predadores, como pássaros e insetos nada como um guardião pronto para afugentar os visitantes indesejáveis


A minha horta é uma confusão
Muito mal organizada
Nuns lados tem de tudo 
noutros lados não tem nada

Couves, alfaces e nabos
batatas, cenouras, pimentão
Até flores à mistura, e espargos
Semeio tudo que me vem á mao

Rabanetes, salsa e coentros
bringelas, cebolas e alho
para os pássaros naõ estragarem
Eu contrato  um espantalho

O Valor da água



Sou água cristalina que da terra brota
Minhas nascentes são preciosidades
Forma uma corrente na sua rota
Neste planeta que ainda é raridade

Pois outra vida não foi encontrada
Formando uma correnteza a fluir
Saciando a sede da humanidade
porque sem a água tudo se ia sumir

Sacia a sede das plantações
E hoje já se fala na sua extinção 
Esta fonte de vida para todas as Nacões
Cuidem das nascentes com alma e coração

Temos apenas um quarto de terra
de água neste planeta azulado 
A maior parte não se pode beber
Em muitos países é muito complicado

Nao esqueçam  que a água é muito importante
Só percebemos o valor  depois que a fonte secou
Quanto cai da cachoeira sob o sol radiante
A água cristalina que brilha como diamante

Água pura  cristalina brilhante 
olhar para ela é uma beleza 
Para  a nossa vida muito importante 
No mundo a maior maior Riqueza



Nossa linda Castanheira


Aproveitem o Verão
A abrir a Praia das rocas
Vale a pena a confusão
Com tantas caras larocas



Então a Castanheira
esboça um largo sorriso
Esta terra hospitaleira
Passa a ser um Paraíso



E também o poço Corga
É um sítio a visitar
Tem um parque de campismo
E paisagem de encantar



Temos uma linda ribeira
Que passa cá felizmente
Quer ela queira ou não queira
É riqueza desta gente



Farnel não precisam trazer
Façam férias à maneira
Não se podem esquecer
É de trazer a carteira!



Então venham apreciar
Boa comida à maneira
No Europa, no Gil, até no Lagar
ou até na Churrasqueira


 
Bifes, peixe ou feijoada
Com todos os condimentos
Até uma boa dobrada
Dou-vos os meus cumprimentos



E quando forem embora 
irão levar na memória
a linda praia das Rocas 
que fica na nossa história

Sejam bem vindos



quinta-feira, 10 de julho de 2014

As flores do meu canteiro


Minhas flores do canteiro
Vermelhas brancas e amarelas
são lindas e dão um bom cheiro
Eu as adoro e deliro a olhar para elas

Gosto de as ver a enfeitar
Na jarra e a casa a perfumar
Mas muito me custa cortá-las
E tirá-las do meu quintal

Rego-as todos os dias 
As minha flores idolatradas
Mas hoje veio uma chuvinha
E as flores ficaram regadas

Não há jardins sem flores, nem coração sem amor..
O que seria a vida, se não existisse o viver?
O que seriam as flores, se não existisse o florescer?
O que seria de nós e da noite se não houvesse o amanhecer!

Repara se tocares numa rosa com timidez 
Essa rosa irá machucar a tua mão
mas se a agarrares com firmeza
os seus espinhos se dobrarão!